domingo, 13 de março de 2016

Resenha: Campinense X 13

Ah… mas vai ter muita copa do Nordeste e Campeonato paraibano sim!

Vem pro estádio, papai. Aqui não tem carta aberta. Aqui a reclamação é contra o falso nove, o escanteio curto, o falir play, os pontos corridos e o placar moral.

Amigos do Facebook e redes (sociais) afiliadas, com o oferecimento do Lounge do Marcos, Dona Inês Coffee Shop, Terraço Premium Rizolâneo (R.I.P Seu Matias) e Espaço Sayo
nara Gourmet place, este que vos escreve besteiras em distribuição uniforme está de volta à cobertura dos campeonatos que mantêm o verdadeiro futebol ainda respirando.

Aqui tem: jogador com queimadura de escapamento de moto na panturrilha.

Aqui não tem: arena multi-uso. Aqui é estádio elefante branco com nome de político e apelido no aumentativo, amigo.

Mas, resenha. Por que demorou tanto? Primeiro, por motivos de ‘ eu quis’. Depois, a redação estava esperando a checklist de início de ano ser preenchida. Eis os itens:

- Reportagem no Jornal Hoje sobre o tamanho da mochila da molecada. Teve sim.
- Muita chuva e alagamento em MG. Teve sim.
- Carnaval em Olinda. Teve muito. Um sucesso!
- Carnaval patrocinado por bicheiro e transmitido na maior rede de televisão brasileira. Teve sim.

Hoje, a cobertura é do maior clássico do interior do nordeste - o clássico dos Maiorais. Estamos falando da maior potência futebolística da mesoregião sul-americana contra a terceira força do estado paraibano: Campinense vs. Treze, respectivamente. Para quem não sabe, a segunda maior força do estado é o Nacional de Patos. Já disse, não há futebol em João Pessoa.

A raposa veio para defender a liderança e a invencibilidade no campeonato paraibano. O principal time da capital da paraíba do oeste não perde para o rival desde 2012. E o tabu continua. Na última vez que o outro time ganhou da Raposa, Di Caprio não tinha Oscar.

Vamos pro jogo.

O maior do interior do nordeste veio com a seguinte escalação: Gledson (Um Taffarel bonito), Paulinho, Joécio, Tiago Sala (Um Gamarra com sotaque) e Ronaell. Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo), Magno, Leandro Sobral (como corre!), Chapinha e Roger Gaúcho (Que meia! O último do futebol brasileiro). No ataque, apenas Rodrigão (O George Weah da Bela Vista). Técnico: Francisco El Loco Diá.

O outro time veio com uma porção de zé ninguém. O único destaque é o técnico Marcelo Vilar, que merecia estar treinando um time maior.

Vale a pena destacar também que, assim como o time do coração, a torcida do Treze era pequena.

Rola a bola.

Atraídos pelo bicho (festa para 5 pessoas no Habibs), o maior do interior do nordeste foi pra cima do Treze F. C. Aos 12 + 1 minutos, a jogada mais bonita do jogo se desenhou na meia canxa. Roger Gaúcho (um ganso rápido e que chuta com as duas pernas) aplicou um drible desconcertante no meio de campo e lançou a la Gerson de três dedos. Dois, na verdade. Quando garoto, Roger perdeu o mindinho em uma aposta envolvendo dedos e dedadas. Nosso herói preferiu perder o dedo. De qualquer forma, o passe foi perfeito. Rodrigão recebeu, colocou na frente e finalizou bem, mas a bola raspou a trave. Faltou muito pouco para Rodrigão abrir o placar. Ele pareceu nervoso na frente do goleiro. Ao fim do jogo, nosso camisa 9 confessou: "quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe."

A raposa feroz comandou o jogo por inteiro. Pressionou bastante e, em uma cobrança de falta magistral, Roger Gaúcho colocou a bola na zona da confusão e o nosso garoto abriu o placar! 1X0. Que alegria! Rodrigão, o Serginho Chulapa Negro, alcançou a artilharia do campeonato. Festa na arquibancada, abraço em desconhecidos e mais choro do que as tias assistindo The Voice Kids.

Sem exagero, o outro time não viu a cor da bola durante todo o jogo. Parecia uma rebanho de feras no primeiro dia na universidade. Perdidos.

Um destaque para o maior volante em atividade no país: Negretti (meu camisa 10 é o 5, amigo). Esse monstro fez uma infiltração pela direita, levantou a cabeça (algo não natural para um volante) e cruzou chapada para Rodrigão que quase guardou de novo.

Por falar em volância, meu camisa 7 completa a dupla de destruidores de jogo com eficiência! Como marca esse garoto!

Fim do primeiro tempo.

O departamento de estatísticas trouxe as seguintes informações:

- Divididas que Negretti (Que volante!) perdeu: 0.
- Dribles do Roger Gaúcho: 76324876.
- Selfies: 3. Todos retirados de campo pela PM.
- Rádio de pilha com volume alto e sem fone de ouvido: 98724.
- Posse de bola: Campinense (93%) e Treze (6%). Safadão (1%).

O que se viu na volta do segundo tempo foi um baile. Mais um gol do nosso garoto e um domínio completo do jogo por parte da agremiação maior. Este cronista não se lembra de um clássico (ainda podemos chamar de clássico?) tão desigual.

O campinense deitou em berço esplêndido. A foto desse post foi tirada no segundo tempo, enquanto Negretti assistia da meia canxa o time tocar a bola lá na frente.

Gritos de olé? Teve sim. Muitos.

Nosso craque Roger Gaúcho foi substituído e há quem diga que, antes mesmo do fim do jogo, ele já estava no Carnaval Universitário (C.U.) da UFCG oferecendo esfiha do Habibs para matar a larica das moças do C.U. "Festa estranha e com gente esquisita. Vou ficar”, teria dito nosso camisa 10.

A resenha encerra por aqui a cobertura do clássico mais importante do nordeste.



Respeita a raposa, mundiça.

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