segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Resenha Série D - Campinense X Operário (PR)

Atenção! Com o oferecimento da Academia Fique Fino, este que vos escreve besteiras em distribuição uniforme está de volta à única cidade no mundo em que os restaurantes fecham para o almoço: Campina Grande. Sinônimo de grandeza, qualidade e inovação. A São Paulo que deu certo.

E agora, amigo, a coisa é séria. Mata-mata. Aquele regulamento que foi criado para eternizar nomes como Túlio Maravilha, Val Baiano, Adelino, Viola, Jamely e Fumagali. Mata-mata é o que pode salvar esse país do descaso dos pontos corridos. Em qualquer país sério, o campeonato por pontos corridos não existiria. #ForaPC e leva junto a sua corja de regularidade.

O maior time do interior do nordeste veio de uma derrota de 1X0 contra o time do Operário-PR, mais conhecido por ser uma versão pequena do Operário do Mato Grosso do Sul (maior time da planície molhada desse país). A raposa feroz entrou em campo igual a um pelicano no cio — muita vontade, mas pouca destreza. Pra ser bem sincero, só fui entender o esquema tático no segundo tempo, quando o Campinense jogou no 5-0-5. Isso mesmo, amigos. 5 homens na defesa e 5 no ataque. Pouquíssimo meio de campo nesse time glorioso. Mais uma façanha para a carreira folclórica do nosso técnico Francisco el loco Diá.

O Campinense perdeu nos penaltis. Todos sabem. Contudo, o reZistro deve ser feito em homenagem ao time que suou a camisa nesse domingo de sol na capital da paraíba do oeste. Os guerreiros, perfilados, assim cantaram o hino:

1 Gledson (Um Diego Cavaliere bonito)
2 Grafite (Mais conhecido como Avenida Brasília)
3 Joécio (Seguro)
4 Tiago Sala (Um Lúcio canhoto)
6 Filipe Ramon (Um Zinho sem grife)
5 Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo)
7 David (Não lembro desse. Deve ter feito a função de falso 9 ou -1 em campo)
8 Leandro Sobral (Um Gérson Canhotinha de Ouro que chuta a gol)
10 Valdeir (Pode renovar por mais 10 anos depois do gol)
9 Rodrigão (O George Weah da Bela Vista)
11 Túlio Renan (O último ponta do futebol)

Não vamos analisar a escalação do fantasma porque não vale a pena gastar teclado com time pequeno. A postura do time paranaense foi ridícula. Entraram para fazer cera o tempo todo durante o jogo. E deu certo por causa de um senhor de amarelo muito mal intencionado que parava o jogo demais e poupou o relógio nos acréscimos.

Vamos pro jogo.

Muita disposição dos guerreiros, mas pouca organização. O time jogou na raça. O grande destaque tático é: o time não possui meio de campo. Por isso, vimos com muita repetição os seguintes cenários: Tiago Sala se aventurando no ataque; Rodrigão saindo da área sem parar e; tome ligação direta. Parecia o fraquíssimo time da seleção inglesa.

Ainda sim, pressionamos demais o time do paraná. Em um desses lances, Rodrigão achou Valdeir que, meu Deus, acertou um petardo do meio da rua. Golaço! Muito parecido com aquele que Pelé não fez. Só que no amigão, a bola entrou na gaveta. O zagueiro tentou se explicar dizendo que foi 'falta de desatenção’.

Que lindo! 10.000 pessoas alucinadas gritando ‘Ah…é Paraíba’ no estádio e prometendo até parar de beber se o Campinense marcasse outro.

Não marcou. Não pararam de beber.

O campinense pressionou demais, mas não foi efetivo. O segundo tempo foi pegado e de pura pressão. Teve até jogador pegando carona em ambulância para ir embora mais cedo. No finzinho do jogo, um zagueiro fi di opa! um zagueiro, afastou de cabeça a classificação do maior do interior do nordeste.

Fim do tempo regulamentar.

Vamos para os pênaltis, amigo. Nesse momento já havia mais compaixão e fé na arquibancada do que no caminho de Santiago.

A confiança era grande para o maior do nordeste. O único time que chegou até aqui com muito sangue, suor, dedicação e fugindo de rasante de quero-quero no campo.

E começamos bem as cobranças. Um gol na gaveta. A partir daí, sofremos com as penalidades de Felipe Ramon e Rodrigão, que foram defendidas pelo guarda-metas do paraná. A cobrança para fora de Rossi do operário nos encheu de esperança, mas nosso goleiro não fez a defesa na última penalidade e acabamos eliminados do brasileirão.

Ao Campinense, resta lamentar o Juiz e a falta de pontaria. Mas é importante enaltecer os guerreiros que brigaram como nunca! Por mim, renovava com o time todo na manhã desta segunda.

A resenha, assim como o CampinenseNews Raposa, volta no próximo ano para ganhar tudo de novo. O Campinense foi eliminado, mas pelo menos assistimos no campo, ao invés de secar o rival, como fizeram os torcedores da rainha.