quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Livros e Remédios

Acabei de ler Adultérios, de Woody Allen. Estou dizendo isso porque é raro eu ler. Por isso, é preciso registrar. Já disse, não gosto de ler, gosto mais das figurinhas.

O fato é que depois desse livro eu consegui caracterizar livros como remédios. Eu espero que um livro exercite partes dos meu cérebro que nunca, ou na maioria das vezes, são pouco utilizadas. Ou seja, que me cure ou me faça melhorar de alguma deficiência.

No caso desse livro, eu o caracterizei como um placebo. Li rápido. Digeri. Me deu uma sensação bacana de bem-estar por causa dos diálogos inteligentes e piadas/sacadas interessantes. No entanto, foi tudo efêmero e não causou efeito real. Eu não consigo dizer para alguém os motivos para se ler Adultérios. O livro me deixou bem por um certo tempo (5 minutos), mas não vai me servir nem para me gabar na roda de pseuso-intelectuais que frequentam o bar do tenebroso.

"Cara, Woody Allen é um gênio. Já li vários livros dele. Ele é o cara. O ISO 9001 dos criadores de diálogo Froidianos. Leia Adultérios, leia porque...é...é...porque é dele, velho. O cara é bom."

Por outro lado, Cem Anos de Solidão é um livro que me curou alguns carcinomas (eu ia dizer câncer, mas o plural de câncer é muito escroto).

Ainda, eu acho que existem livros que assemelham-se a quimioterapia. Isto é, eles te curam de células danosas, mas estraga outras e fazem você se comportar como babaca quando vai discutir algo relacionado ao assunto. Exemplos desses livros você pode encontrar na seção de livros marxistas.

2 comentários:

piruca disse...

"Leia Adultérios, leia porque...é...é...porque é dele, velho. O cara é bom."

Já falava sieber:

http://talktohimselfshow.zip.net/images/vultos005.jpg

Sabrina de F. Souto disse...

Concordo plenamente com essa visão que compara livros com remédios, tratramentos... me sinto da mesma forma, principalmente com livros que quebram nossos paradigmas pessoais...
Pessoalmente, como cristã que sou (com respeito a crença de cada um), a Bíblia é um livro que me fascina, especialmente os evangélios, onde fala sobre Jesus. Ao meu ver ele é o "cara", a autoridade do que ele fala, o poder de persuasão é impressionante e atraente, e isso não sou só eu que sinto, por exemplo, no evangélio de Marcos no capítulo 1 fala: “Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar. E maravilhavam-se com os seus ensinamentos, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei."
O modo como Jesus ensinava provocava nas pessoas a impressão de que estavam perante algo desconhecido e admirável. Jesus não ensinava como os “letrados” da Lei, fazia-o com “autoridade”. É preciso não confundir autoridade com poder. Jesus não quer impôr a Sua vontade aos outros, não ensina com o objetivo de controlar o comportamento das pessoas e não utiliza coações, nem ameaças. A autoridade de Jesus provém do amor pelas pessoas, procura aliviar o sofrimento, curar feridas, promover uma vida saudável, libertar dos medos, infunder confiança em Deus, estimular as pessoas a procurarem um mundo novo.
O livro "O Monge e o Executivo" retrata muito bem essa autoridade de Jesus, se inspirando nele como modelo... é outro livro que realmente quebra seus paradigmas em relação ao conceito de liderança.
Outros livros também fora a Bíblia, tipo "Pai Rico Pai Pobre", desde que o lí mudei totalmente meu jeito de pensar em finanças e outras coisas mais... se eu for fazer a lista aqui, meu post vai ficar muito grande... :P
Porém, tem livros que não acrescentam nada a sua vida, e outros que nos deixam mal... como estamos comparando com remédio/tratamento, acho que só faz efeito quando estamos precisando... não sei...
Enfim, o pensamento que eu quero deixar é que devemos gastar nosso tempo com leituras que no façam crescer!


[]s
Sabrina