segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Carregadores de Piano

Essa dúvida de que somos ou não ciência é papo recorrente e polêmico. No entanto, uma coisa que tenho certeza desde que ouvi Jacques falando pela primeira vez é que nós (ciência da computação) somos meio.

É isso. Computação não é fim. É meio. Somos usados para alguém ganhar dinheiro mais rápido. Somos veículo. Carregadores de piano.

O problema é que eu sempre olhei essa constatação com 3 graus de miopia. Sempre olhava com o viés do mercado. Empresários utilizam sistemas de informação para gerenciar melhor os dados e automatizar tarefas e, por consequência, arrecadar mais metal. No entanto, se olharmos com os óculos da pesquisa, podemos também servir de veículo para outras ciências.

Veja, a estatística permeia quase todas as outras ciências, servindo de veículo para dizer verdades com 95% de confiança. Por que não somos tão bem sucedidos quanto eles? Ou somos?

Se for parar pra pensar, o MatLab está aí poupando unidades de tempo da galera tem um bom tempo. Só que eu acho que poderíamos fazer mais. Nos mostrar mais. Eu tenho uma impressão do tamanho do meu bigode de que tem gente usando Poly 1.6 pra fazer cálculo repetitivo na mão porque não conhece o conceito de algoritmo.

Tudo bem. A estatística é ensinada desde que nos entendemos por estudantes de exatas. Será que essa é a saída então? Uns 2,5 Tesla de algoritmos no ensino médio?

Esse post é isso mesmo. Várias perguntas que gostaria de ouvir algumas respostas. Se possível, divergentes :)

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