Mais um texto sobre a vida. Tem gente que se acha especial mesmo. Enfim, vamos lá.
Tem uns 3/4 meses que tenho essa fixação pela mania das pessoas em romantizar a vida. Acontece bastante. Tudo tem que ser especial. Tudo tem que passar alguma mensagem. Eu tenho que sofrer por algo. Eu tenho que amar demais as flores no caminho pra casa. Eu tenho que escrever sobre isso.
Tranformar o dia-a-dia em algo especial faz com que você ache que sua vida seja especial.
Romantizar a corrida de 5km como se fosse uma travessia a nado no pantanal cheio de jacaré.
Força, foco e fé. Jesus!
Também tem um tempo que eu acho que a vida (pelo menos a minha) não é boa. Nem é ruim. Tem dias bons e tem dias ruins. Quando começei a lidar com a vida dessa maneira, fiquei mais pragmático e o resultado é que os dias ruins não tem mais tanto impacto nos dias bons. Eu penso: é só um dia ruim. É só lidar com ele. Amanhã pode ser outro dia ruim, mas tem a chance de ser bom também. Não é difícil perceber que a aleatoriedade tem influencia sobre minha vida, né? Melhor ela do que eu tentar controlar os dias e tranformá-los em algo maior do que são. Obviamente, Lívia envieza bastante os dados para os dias bons.
Se sua plantinha morre. É um dia ruim. Não vamos romantizar isso. Não transforme isso em algo para escrever sobre.
"Poesia é fácil. Difícil é reunião de pais e mestres."
A vida é uma sequencia finita de dias bons e ruins. Nossa, como sinto falta do meu pai. Hoje foi um dia ruim.
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